"Ême-ésse-tê! A luta é pra valer!". Eram cerca de três mil pessoas gritando o chamado do jovem movimento pela reforma agrária que completou 20 anos em 2004. Para a festa, foram assados 2,5 mil quilos de carne de boi. Seis porcos também foram abatidos para o churrasco, que era servido ao lado de uma tenda de circo com mais de dez metros de altura, onde foram montadas barracas de caldo de cana, doces caseiros, frutas e milho cozido.
Habituados aos despejos promovidos pelos policiais militares, os sem-terra tiveram em sua comemoração a presença de quase 40 PMs. Eles foram deslocados para providenciar segurança a deputados, senadores, ministros e até mesmo a uma eventual presença do presidente da República, esperado para a festa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, realizada no último domingo.
Mesmo com a delegação oficial presente, o coordenador do MST João Pedro Stédile não abandonou o discurso de oposição à atual política econômica do governo: "Neste momento, a reforma agrária que defendemos não vai se viabilizar se não mudar o modelo econômico. O agronegócio produz dólares, mas não comida". Stédile voltou a defender a necessidade de organização popular, ao reafirmar a luta do MST - até que caia o último latifúndio do país".
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A festa do MST ocorrreu no primeiro assentamento do estado de São Paulo, chamado Pirituba. A comunidade local é hoje considerada o principal cartão de visitas do movimento. Cerca de 3 mil agricultores participaram da festa.
Informações da ABr