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Marchas na RST - 287

MST e proprietários do RS devem se encontrar em 10 dias

Redação - Folha de Londrina
24 jun 2003 às 21:07

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O presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), Carlos Sperotto, representante dos produtores rurais, propôs nesta terça-feira que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) interrompa marcha iniciada no último dia 10 com previsão de chegada no dia 3 ao município de São Gabriel. Em troca, seria abortada a caminhada, na mesma estrada, que está sendo planejada pelos produtores.

O líder do MST Mário Lill recusou a proposta e disse que a marcha continuará, pois ela é "pacífica".

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O encontro entre o ruralista e o dirigente sem-terra ocorreu na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa gaúcha. E a negativa mostra as dificuldades para apaziguar os ânimos entre produtores e sem-terra.

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A marcha do MST, com 800 pessoas, estava segunda-feira na RST-287, rumando em direção a Agudo. Dentro de pouco mais que uma semana, deverá chegar a São Gabriel. É um apoio à desapropriação de 13,2 mil hectares no município, estabelecida pela União, mas suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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Os produtores de São Gabriel não quiseram revelar quando sairá sua marcha, mas organizam concentração no parque de exposições da cidade e partirão com cavalos, máquinas e integrantes de suas famílias.



O prefeito Rossano Dotto Gonçalves (PDT), que é produtor rural e lidera a caminhada a ser iniciada, disse: "Não queremos o confronto, só diálogo".

Para as marchas, a Brigada Militar fará uma vistoria nos participantes dos dois lados, impedindo que eles portem armas e assegurando o caráter pacífico.


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