Cerca de 600 integrantes do Movimento Sem-Terra (MST) estão acampados, desde esta quarta-feira, em frente ao Tribunal de Justiça, em Belém do Pará, num protesto pelos sete anos do massacre de Eldorado do Carajás, em que 19 trabalhadores foram mortos pela Polícia Militar do estado, que tentavam desbloquear uma rodovia.
Dos 142 acusados pelo crime, somente dois foram condenados. O coronel Mário Pantoja, condenado a 228 anos de prisão, e o major José Oliveira, cuja pena foi de 158 anos, apelaram da decisão e aguardam a definição da justiça em liberdade.
Segundo Ulisses Manaças, membro da diretoria do MST no Pará, "a impunidade ampara novos crimes, nova violência no campo". Ele disse que o resultado do julgamento reflete "um clima de impunidade generalizada, demonstrando a conivência da justiça local com o latifúndio armado".
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Manaças acresentou que mais de 50% dos assassinatos no campo registrados no país nos últimos 20 anos ocorreram no Pará. Por isso, o MST reivindica a transferência do julgamento para a esfera federal.