Em 2003 as mulheres brasileiras conquistaram mais espaço no mercado de trabalho; superaram os homens em escolaridade, mas não conseguiram vencer as desigualdades com o sexo masculino quanto a salários e cargos. Essa é uma das principais constatações da Síntese de Indicadores Sociais de 2004, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE).
De acordo com a pesquisa, o número de mulheres empregadas em 2003 cresceu quatro pontos percentuais em relação a 2002, passando de 37,6% para 41,6%. Também foi significativo o aumento da proporção de mulheres nas categorias empregadas domésticas (passou de 14,5% para 18,6%) e empregadoras (de 0,8% para 2,7%).
Por outro lado, caiu a participação feminina nas categorias de não-remuneradas (13,4% para 10,1%) e trabalhadoras por conta própria (24,3% para 17,5%). Os homens mantiveram um quadro praticamente inalterado em relação à posição que ocupavam em 2002, com mais da metade da população masculina como empregados (55,7%), trabalhadores por conta própria (27,1 %) e empregadores (5,5%).
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A pesquisa também revela que o emprego feminino ainda se concentra no setor de serviços (49,1%) a exemplo do que ocorria em 2002, com um ligeiro aumento (de 0.5 ponto percentual) no setor de comércio e reparação.
De acordo com a pesquisa, a maior participação da mulher no mercado de trabalho, combinada às dificuldades financeiras, teve efeito direto na taxa de natalidade em 2003. De 48,3 milhões de mulheres em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos de idade) 63% tinham pelo menos um filho em 2003. A proporção de mulheres nessa faixa de idade com mais de três filhos teve uma redução próxima de um ponto percentual em
A proporção de adolescentes de 15 a 17 anos que têm pelo menos um filho caiu de 7,2% em 2002 para 6,5% em 2003. Nas regiões Norte e Sul, no entanto, aumentou o número de adolescentes com pelo menos um filho. A maior variação ocorreu no Sul, com um aumento de 25,5%, contra 13,0% na região norte.
Informações ABr