Seguindo uma série de medidas de abertura, as mulheres da Arábia Saudita poderão se alistar no Exército, de acordo com informações dos jornais locais. A iniciativa, entretanto, não inclui participações em combate.
Para entrar nas Forças Armadas, a mulher deve respeitar alguns requisitos, como ter origem saudita e ter crescido no país; possuir idade entre 25 e 35 anos, mais de 1,55m e no mínimo um diploma; e passar por checagem médica.
Além disso, não pode ser casada com estrangeiros; não pode ter antecedentes criminais ou ter trabalhado anteriormente em alguma instituição do governo ou militar; e deve morar na mesma região em que se alistará e possuir cartão de identificação nacional.
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A regra faz parte de uma ampla reforma adotada pelo rei Salman para integrar as mulheres na vida social do país. O projeto é levado a cabo pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, tido como líder de facto da Arábia Saudita e que está por trás de um programa de modernização da nação, assim como de sua política externa agressiva em relação ao Irã.
Dentre as mudanças estão a autorização para dirigir, a permissão para assistir a jogos de futebol no estádio e o direito de abrir empresas sem autorização de um homem da família - o "guardião". Contudo, as associações de defesa dos direitos humanos da região notaram que o alistamento está ligado a uma das imposições mais criticadas do país: à da figura do "guardião". As mulheres ainda devem pedir permissão ao "homem da família" para casar, viajar, sair da prisão e, em alguns casos, para trabalhar e submeter-se a tratamentos médicos.
No caso da aplicação ao Exército, elas devem viver na mesma região que seu guardião, do contrário, não podem realizar a candidatura. As sauditas terão até quinta-feira (1º) para se alistar. (ANSA)