Mulheres pernambucanas engajadas em movimentos feministas fizeram nesta quinta-feira (10) um ato público em frente à igreja Santo Antônio, no centro do Recife, para reivindicar mudanças na postura da Igreja Católica, no que se refere à orientação sexual, aborto e uso de métodos contraceptivos.
A mobilização, que também ocorreu em outras capitais do país, foi motivada pelo discurso do Papa Bento XVI, que ontem condenou o aborto.
Para a representante da Organização Não Governamental Loucas de Pedra Lilás, Ana Bosch, o direito a interromper a gravidez deve ser uma escolha pessoal, já que muitas vezes a maternidade acontece de forma inesperada.
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"Nenhuma mulher que passa por uma situação de aborto está feliz, mas é preciso assegurar a liberdade de escolha sem culpa. A contracepção não é responsabilidade somente das mulheres. O julgamento opressor contra a classe feminina não deve existir. A Igreja reprime, amedronta e usa ainda dogmas da Idade Média". Segundo ela, na relação com Deus, cada pessoa deve se entender com a crença que possui.
Amanhã (11), representantes de movimentos de lésbicas, gays e bissexuais participam de um protesto contra a intolerância religiosa na Basílica do Carmo, no Recife. Durante o ato, serão distribuídos para a população três mil preservativos, além de panfletos com orientações sobre métodos para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, como aids.