O trânsito nas rodovias federais e estaduais de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro fluiu normalmente ontem (25), sem registros de acidentes fatais até a metade da tarde, quando começou o movimento de retorno das famílias, mas este Natal pode ser considerado o mais violento da história nas estradas do país. A afirmação é do coordenador de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alexandre Castilho.
Segundo Castilho, de sábado (22) até as 6h de ontem (24), 134 pessoas morreram nas rodovias federais. O número em menos de três dias superava em quase 50% as 90 mortes registradas pela PRF no Natal do ano passado.
O coordenador da PRF avalia que o crescimento do número de veículos em circulação foi responsável pelo aumento nas mortes. "O Brasil vivenciou o Natal mais violento de todos os tempos nas estradas, fruto da imprudência de condutores, principalmente, e do aumento da frota de carros neste ano, em mais de 30%", diz.
Leia mais:
Jake Paul vê fúria de Mike Tyson, mas usa físico e vence lenda do boxe nos pontos
Trump insinua candidatura para 3º mandato, o que é proibido pela Constituição
Meta climática do Brasil cita pela 1ª vez redução no uso de combustíveis fósseis
Chefe da Igreja Anglicana renuncia em meio a escândalo sobre abusador infantil
Castilho lembrou que, por ser o estado com a maior malha viária do país e ponto de passagem entre as regiões de maior movimentação, Minas Gerais tradicionalmente tem registrado a maior quantidade de acidentes. Os números parciais deste Natal apontavam, até segunda-feira (24), 423 acidentes com 286 feridos e 21 mortes nas estradas mineiras.
Ele atribui o aumento de carros nas estradas também ao fato de o Natal ter caído numa terça-feira. Na avaliação do coordenador da PRF, o maior número de dias do feriado prolongado neste ano fez com que mais pessoas programassem viagens de curta e média distância.
Para Castilho, a crise aérea também contribuiu para o aumento do movimento nas estradas, com muita gente viajando de carro para evitar transtornos nos aeroportos. Ele ressaltou ainda que o aumento no poder de compra do trabalhador também contribuiu para o maior movimento nas estradas: "Com melhores salários, as pessoas viajam mais a lazer".
As informações são da Agêncai Brasil.
No Paraná, situação foi a mesma.
No norte do Estado, polícia registrou cinco mortos.