O feriado de Corpus Christi computou estatísticas lamentáveis nas estradas brasileiras: o número de mortos aumentou em relação ao mesmo período de 2006. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 92 pessoas morreram. No ano passado foram 69. Cresceu também o número de acidentes: quase 300 a mais do que em 2006. Os estados com mais mortes foram Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo.
A neblina, comum nestes meses do ano, pode ter contribuído para esta realidade. Um dia antes do início do feriado, ela foi a responsável por uma das piores tragédias automobilísticas dos últimos tempos: em Jacareí (SP) nove veículos se envolveram em um acidente que vitimou nove pessoas.
A formação de neblina, muito comum nesta época do ano em grande parte das estradas brasileiras, pode contribuir para o aumento no número de acidentes. A proximidade das férias e do conseqüente aumento do número de veículo em trânsito nas rodovias torna a questão ainda mais séria. Mas diminuir a velocidade e aumentar a cautela pode não bastar para que o motorista tenha uma viagem tranqüila.
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"O Brasil já dispõe de tecnologia de ponta para promover uma sinalização horizontal adequada a este tipo de situação. Uma sinalização que seja vista, mesmo em condições adversas como chuva e neblina", alerta a química, especialista em materiais para sinalização e diretora-executiva da Hot Line, Áurea Rangel. "De dez anos para cá se investiu muito no desenvolvimento de produtos que não apenas sejam duráveis, mas eficientes como ferramentas de segurança para as estradas e vias públicas."
Áurea explica que existem no mercado Produtos de Segurança Tipo II para sinalização viária. São produtos ecológicos com altíssima retrorrefletância (capacidade de refletir a luz do dia ou do farol), pois são formulados com microesferas de vidro, tornando a demarcação mais viável, principalmente em momentos críticos como à noite sob chuva ou neblina. "Não se pode negar que a prudência do motorista é fundamental para se evitar um acidente. Mas trafegar às cegas por uma estrada, mesmo com a velocidade controlada, é uma tarefa árdua e perigosa", diz a química.