Depois de três meses de trégua, um atentado suicida na manhã desta quinta-feira encheu de horror e medo as ruas de Jerusalém, e marcou indiretamente o início de um debate eleitoral que se anuncia polêmico.
O atentado, que causou a morte de 11 israelenses - a grande maioria mulheres e crianças - e do homem-bomba palestino, além de 40 feridos, aconteceu durante a campanha para as eleições legislativas antecipadas do próximo dia 28 de janeiro.
As primeiras reações oficiais foram as tradicionais acusações contra o líder palestino, Yasser Arafat, e seu governo. Horas depois, quando os corpos das vítimas já estavam envoltos em plásticos numerados, parentes e cidadãos comuns foram mais longe e criticaram a atual situação política israelense.
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''Estou indignado com o governo de Israel, que não é capaz de proteger seus cidadãos'', lamentou Meir Ohayon, um professor nascido em Jerusalém Ocidental. ''Votarei no partido que defender a separação e o diálogo com os palestinos'', acrescentou, referindo-se às promessas do novo líder do Partido Trabalhista, Amram Mitzna, eleito na noite da última terça-feira.
Mitzna, um general pacifista, propõe a retomada do diálogo com os palestinos, ao contrário do atual premier, Ariel Sharon, que decidiu interromper as negociações enquanto os atentados continuarem. ''Bobagem! Você acha que eu tenho vontade de ver nossos governantes sentados em torno da mesma mesa que os assassinos dos meus amigos e vizinhos?'', perguntava uma mulher.
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