A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos conduziu uma missão que sobrevoou a Colômbia para informar o governo sobre a localização e os planos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O órgão também espionou a Venezuela para evitar que o país, então sob governo do presidente Hugo Chávez, "se tornasse uma liderança regional".
De acordo com notícia divulgada sábado (2) pelo jornal norte-americano The New York Times, os Estados Unidos levaram a cabo uma operação chamada Orlandocard e criou um sistema chamado Honeypot (Pote de Mel em português) para interceptar por meio de programas espiões mais de mil computadores que classificaram como "de potencial interesse futuro".
A espionagem da NSA em relação à Venezuela se concentrou nas relações econômicas com a China, a Rússia e o Irã, segundo o jornal. Outros focos de interesse da agência na América Latina foram organizações criminosas, especificamente redes de narcotráfico, rastreadas da Colômbia, do Equador, do Panamá e da Jamaica até o Canadá e os Países Baixos.
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O escândalo de espionagem da NSA foi desencadeado no início de setembro, quando foram divulgadas informações de que a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, e o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, haviam sido monitorados. As denúncias foram feitas por meio de dados obtidos pelo ex-consultor contratado pela NSA, Edward Snowden.
Posteriormente, mais dados sobre espionagem a diversos países vieram à tona por meio de dados publicados pela imprensa internacional - como à Alemanha, à França e à Espanha. Todos os chefes de governo desses países cobraram explicações dos Estados Unidos. Na última sexta-feira (1º), Alemanha e Brasil entregaram às Nações Unidas (ONU) uma proposta de resolução sobre privacidade de dados à ser levada à Assembleia Geral.