Subiu drasticamente o número de mortes causadas pela passagem, pelo Caribe, do furacão Matthew, considerado o mais perigoso em uma década a atingir a região. Somente no Haiti, por onde o furacão passou há dois dias e destruiu cidades e plantações, foram ao menos 98 mortes, muitas provocadas por quedas de árvores e inundações. Alguns jornais da América Central falam em mais de 100 vítimas na região.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 350 mil pessoas estejam precisando de assistência imediata no Haiti e que 1,5 milhão de pessoas tenham sido afetadas.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a situação se assemelha a um "cenário apocalíptico". De acordo com o porta-voz do órgão na Itália, Andrea Iacomini, cerca de 522 mil crianças foram atingidas com a passagem do Matthew, que segue em direção às Bahamas e à Florida, nos Estados Unidos, com ventos de 200 km/h.
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Iacomini disse que estão sendo registrados casos graves de cólera, dengue e vírus Zika. "Com nossas equipes chegando, finalmente, às áreas atingidas, começam a vir notícias da situação", comentou.
O Haiti foi devastado por um terremoto em janeiro de 2010 e até hoje não conseguiu se recuperar completamente
Exército brasileiro no Haiti
Em nota, o Exército brasileiro informou que a passagem do furacão Matthew pela costa haitiana provocou danos à infraestrutura e à população do país, especialmente na região sul, onde ventos de mais de 220 Km/h e ondas de até 3 metros atingiram algumas cidades.
"No dia 2 de outubro, um efetivo de 78 militares do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, tropa integrante do Batalhão Brasileiro de Infantaria de Força de Paz (Brabat, na sigla em inglês), apoiado por um efetivo de 22 militares da Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz, deslocou-se de forma preventiva para a localidade de Miragoâne, na região sudoeste do Haiti, com a finalidade de realizar ações de apoio à população local", diz a nota.
Segundo o Exército, as operações de segurança na área de responsabilidade do Brabat foram retomadas na manhã de ontem (5). Além das tropas já empregadas no Departamento Oeste e em Miragoâne, foram enviados militares para as cidades de Les Cayes, Petit Goave, Jacmel, Marigot, Belle-Anse, Anse-à-Pitres, Bainet, Côtes-de-Fer e Aquin no Sul do país, para fazer reconhecimentos e prestar apoio à população na região mais afetada pelo furacão.
Ainda segundo o comunicado, militares especializados também estão fazendo reconhecimentos aéreos com helicópteros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) com o objetivo de avaliar os danos causados.
*Com informações da Agência Ansa