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Pela visão dos jesuítas

O adeus ao Papa Francisco, 265º sucessor de Pedro e símbolo de paz, solidariedade e amor

Lúcio Flávio Moura - Especial para a Folha
28 abr 2025 às 14:46

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Sergio Ranalli
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Franziskus. Francis. François. Francesco. Orações em todos os idiomas fizeram o mundo se resignar diante do primeiro sepultamento de um Papa de fato em mais de 20 anos. As multidões presentes nas ruas de Roma e conectadas nas transmissões de TV traduziram a grandeza de Mario Jorge Bergoglio (1936-2025), que foi bebê, menino e rapaz nas ruas frenéticas do bairro porteño de Flores e um homem capaz de influenciar o mundo, celebraram mais que uma vida monumental.


Ao reverenciar Francisco, católicos e humanistas sinalizaram o clamor pela paz, pela simplicidade, pela humildade, pelo afeto aos desafortunados, pela solidariedade aos oprimidos e pela coragem típica dos reformistas. Pelo menos esta é a opinião de amplos setores do clero, de muitos vaticanistas e de quatro religiosos ouvidos pela Folha, todos ainda consternados pelo fim de um pontificado tão marcante e já reflexivos às vésperas de um conclave tão aguardado, de onde sairão as setas dos novos caminhos da Igreja.

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A expectativa sobre a sucessão papal e o luto pela perda de um dos maiores divulgadores das ideias franciscanas dominam o ambiente da Fraternidade Toca de Assis, enclave de caridade e silêncio na borda oeste do Jardim do Sol, em Londrina. As orações na capela que fica no interior do prédio sóbrio onde vivem idosos pobres retirados das ruas e os frades com suas vestes características ficaram ainda mais emocionais nos últimos dias. Com o fim do pontificado de Bergoglio, quem vive ali não duvida que os últimos 12 anos foram suficientes para a consolidação de uma nova referência franciscana, curiosamente surgida das hostes jesuítas.

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O religioso conhecido como Irmão Emaús Maria do Santíssimo Sacramento, integrante da fraternidade, resume com uma analogia o que este período papal significou para os franciscanos, que passam os dias circulando pela cidade distribuindo refeições para quem tem fome e cuidando de idosos em pobreza extrema.


Ele lembra que do episódio quando São Francisco já liderava um grupo de 12 “irmãos” e decidiu ir à Roma com o objetivo de pedir a aprovação do Papa Inocêncio III para continuar evangelizando a população segundo seus preceitos, de absoluta simplicidade e desapego material. No encontro, o então Sumo Pontífice teria sido tomado por profunda emoção ao se lembrar de um sonho recorrente, no qual um homem muito pobre segurava a Catedral de Roma que ameaçava ruir. “Inocêncio III havia entendido que o sonho era uma comunicação divina e que São Francisco era o personagem do sonho”, explica. Era 16 de abril de 1210 e a Ordem Franciscana estava oficialmente fundada.

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“O Papa Francisco também foi este sustentáculo para a Igreja e o seu pontificado teve um enorme significado para nós. Ele honrou o nome de Francisco e também não será esquecido. A igreja sempre vai receber de Deus o que ela precisa naquele tempo. Um papa é ungido pelo Espírito Santo para fazer aquilo que a humanidade precisa, não apenas a igreja. O amor de Papa Francisco pela paz, pela simplicidade, pela pobreza evangélica, pelas quebras de protocolo, tudo isso fez ele muito humano perante os olhos do mundo. Esta foi a sua identidade. Foi o pontificado do amor e do respeito. De um modo muito claro, ele enviou uma mensagem de que a humildade nos torna mais humanos. Ele fez isso quando estendeu as mãos e pediu que orassem por ele: o detentor do ministério petrino, o guardião da fé, se ajoelhar e pedir que orem por ele é um gesto notável, que será lembrado por muito tempo”, compara.


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