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Obama e Hollande avaliam como histórico acordo nuclear com o Irã

Agência Brasil
02 abr 2015 às 18:29

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Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, François Hollande, elogiaram hoje (2) a conclusão de um acordo "histórico" sobre o programa nuclear do Irã. Após a definição, Obama informou que o acordo será objeto de "inspeções sem precedentes".

"Hoje, os Estados Unidos, com seus aliados e parceiros, concluíram um acordo histórico com o Irã, que, se for plenamente aplicado, impedirá a obtenção da arma nuclear", declarou o presidente norte-americano durante entrevista na Casa Branca.

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"O Irã concordou com um regime de transparência e com as mais intensas inspeções até hoje negociadas na história dos programas nucleares", acrescentou.

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A maratona de negociações entre as seis potências e o Irã ocorreu em Lausana, na Suíça. O chamado Grupo 5+1 é constituído pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e a Alemanha.

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Obama elogiou o desempenho de Teerã nas negociações. "O Irã cumpriu todas as obrigações, eliminando suas reservas de material nuclear perigoso e aumentando as inspeções do programa nuclear. Prosseguiremos com as negociações para tentarmos alcançar um acordo mais completo."


O presidente dos Estados Unidos disse que telefonará ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu para explicar os termos do acordo. Antes da conclusão do acordo, Netanyahu exigiu uma "redução considerável" das capacidades nucleares de Teerã.

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Obama também informou que conversou com o rei da Arábia Saudita, Salmane Ben Abdel Aziz, e anunciou uma reunião com os países árabes do Golfo, nos Estados Unidos, durante a primavera, que se estende até junho.


Hollande disse que a França zelará, "como sempre tem feito com os parceiros, para que os termos sejam pormenorizados, de modo a alcançarmos um acordo credível e passível de verificação". Ele ressaltou que o Irã não estará em condições de ter arma nuclear.

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As negociações começaram no dia 26 de março. O acordo anunciado hoje é para resolver o dossiê nuclear iraniano, etapa decisiva para o acerto definitivo, com aspectos técnicos e legais até 30 de junho.


Segundo os primeiros elementos do acordo, a capacidade de enriquecimento do Irã deverá ser reduzida e o país terá de reduzir de 19 mil para 6 mil o número de centrifugadoras em atividade.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry, que participou das negociações de Lausana, afirmou que as reservas de urânio enriquecido do Irã serão reduzidas "em 98% durante 15 anos".


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