As mulheres negras continuam sendo as mais atingidas pela desigualdade de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro. Estudo divulgado nesta sexta-feira (17) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que a taxa de desemprego para esse segmento passou de 10% em 1992 para 15,8% em 2005, com crescimento 58%.
Entre os homens negros, o desemprego passou de 6,3% para 8,5% no mesmo período, o que representou um aumento de 33,9%. No mesmo período as taxas de desemprego para mulheres cresceram 38,8%, (de 8,2% para 11,4%) e para os homens brancos, 25,8%. (de 5,2% para 6,5%).
De acordo com o relatório a desigualdade também se expressa nos salários. A OIT se baseia no conceito de mediana dos rendimentos, o valor máximo pago à metade da população que está no mercado de trabalho. Os brancos ganhavam 485,00 em 92 e 504,00 em 2005, enquanto os negros recebiam 266 e 308 no mesmo período.
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O relatório da OIT se baseou nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo avalia a evolução do emprego no mercado de trabalho e os resultados obtidos com as políticas públicas de conscientização da sociedade e de inclusão social.