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ONU alerta para crise de fome iminente na Somália

Agência Brasil
23 mar 2017 às 21:24

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A situação humanitária está se agravando na Somália – onde cerca de 6,2 milhões de pessoas, metade da população do país, precisa de assistência humanitária para sobreviver. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o país está sob risco de fome, colocando a vida de milhões em jogo, numa situação que deteriora-se rapidamente. As informações são da ONU News.

Duas estações consecutivas de chuvas fracas causaram uma seca massiva na Somália, páís mais oriental da África, localizado abaixo da Península Arábica. Centenas de milhares de pessoas já tiveram que abandonar suas casas e caminhar longas distâncias em busca de alimentos, água e outros recursos de primeira necessidade.

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Esta é uma crise crescente. O número de pessoas precisa de assistência humanitária para sobreviver subiu de 5 milhões para 6,2 milhões em apenas seis meses. À medida que a água potável torna-se cada vez mais escassa e cara, as pessoas começam a beber de fontes não confiáveis de água. Isto tem levado a surtos de cólera e outras doenças. Com a chegada das chuvas, a contaminação deve aumentar.

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Além disso, um número estimado de 2,9 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar urgente. As crianças são as que sofrem mais com a crise. Quase 1 milhão de crianças deverão enfrentar desnutrição aguda este ano no país, incluindo 185 mil que devem morrer em breve se não receberem assistência médica urgente.

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A maioria dos deslocados internos pela seca são mulheres e crianças. Os homens da família tendem a ficar para trás cuidando da casa e dos rebanhos. Ao se separarem dos homens, meninas e mulheres tornam-se vulneráveis à violência de gênero.


Lentidão mata


Segundo a ONU, mais de 300 parceiros locais e internacionais estão no terreno prontos para responder. Nos últimos meses, eles aumentaram e ajustaram suas ações para tal, mas precisam urgente de mais apoio para evitar que a situação se deteriore. A situação é recorrente. Em 2011, a fome na Somália matou mais de 250 mil pessoas principalmente porque a comunidade internacional foi muito lenta em responder à crise.

Para completar, o acesso humanitário permanece um desafio enorme na Somália, devido à violência e à insegurança reinantes. Algumas regiões permanecem acessíveis apenas por ar, o que dificulta que as pessoas recebam a ajuda. Um total de US$ 825 milhões é necessário para evitar que a fome de 2011 se repita. Segundo as Nações Unidas os doadores movimentaram-se rapidamente para prometer fundos adicionais com o objetivo de aumentar a ajuda.


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