Brasília - Experiências brasileiras de inclusão social por meio do esporte, como o programa Segundo Tempo, chamaram a atenção do representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Adolf Ogi, que está em visita oficial ao Brasil. "Esta é a forma de criar um mundo melhor e mais pacífico", elogiou Ogi.
O representante da ONU veio ao país lançar o Ano Internacional do Esporte e da Educação Física. Nesta terça-feira, ele conheceu, em Brasília, o programa Pintando a Liberdade, voltado para a ressocialização de presos que produzem materiais esportivos usados em escolas públicas e nas atividades do Segundo Tempo.
Durante a visita, Adolf Ogi recebeu de presente uma bandeira do Brasil confeccionada pelos detentos do Complexo da Papuda, em Brasília. As bandeiras usadas pelos atletas olímpicos na Grécia, no ano passado, também foram confeccionadas no Pintando a Liberdade. O programa funciona com 62 fábricas de materiais esportivos instaladas em presídios, atendendo cerca de 12,7 mil presidiários em todo o país.
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Adolf Ogi também se encontrou com crianças e adolescentes atendidos pelo programa Segundo Tempo. Cerca de 850 mil estudantes de escolas públicas são atendidos, no país, pelo programa que oferece atividades esportivas e culturais fora do horário de aula. O representante da ONU destacou a importância da experiência brasileira que já está sendo reproduzida em outros países como Moçambique e Angola.
Elogiado pelo representante da ONU, o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, disse que a definição de 2005 como o Ano Internacional do Esporte e da Educação Física, pela ONU, será importante para dar destaque às ações nessa área. "O esporte é uma ferramenta indispensável para formar bem o cidadão, para ter qualidade de vida, para melhorar na escola", afirmou o ministro.
Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil