Depois de dois anos de investigações, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta quarta-feira (16) a operação contra o que consideram ''o maior esquema já constatado de fraudes no comércio exterior'' brasileiro. Ao menos 79 pessoas já foram presas.
Batizada de ''Operação Dilúvio'', a ação envolve 950 policiais federais e 350 servidores da Receita que executam 118 mandados de prisão e 220 mandados de busca e apreensão em oito Estados (Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo). Trata-se da maior operação conjunta da Receita e da PF entre as 45 realizadas desde 2002.
As investigações que resultaram na Operação Dilúvio tiveram origem em outra operação deflagrada em Paranaguá, a ''Carga Pesada'', em abril de 2005. Na ocasião, um auditor da Receita Federal e dois despachantes aduaneiros foram presos, por suspeita de fraudar documentos para obter benefícios indevidos de isenção de tributos para importação.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
No Paraná, a operação prendeu 32 pessoas. Entre os presos, está o auditor da Receita Federal e candidato a deputado estadual pelo PSB, Giancarlo Schetini de Almeida Torres, 47 anos. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Curitiba, Paranaguá, no Litoral do Estado, Londrina e Maringá, onde funcionariam as tradings que, supostamente, arquitetavam as operações fraudulentas de subfaturamento das importações.
Em uma residência de Curitiba, a PF apreendeu cerca de US$ 450 mil, além de reais e euros. Também foram encontrados no local jóias e obras de arte. Em outros estabelecimentos foram apreendidos carros importados, entre eles um Porsche. Os veículos serão levados para o depósito da Receita Federal em Curitiba.
O organização é suspeita de sonegar ao menos R$ 500 milhões em impostos aduaneiros e já teve como clientes a butique de luxo Daslu e Law Kin Chong, apontado pela PF como um dos maiores contrabandistas do Brasil.
A Superintendência da PF no Paraná divulgou a lista das pessoas presas no Estado, mas não revelou qual seria a participação delas no esquema.
>> Confira a matéria completa e a lista das pessoas presas no Paraná, na Folha de Londrina desta quinta-feira, em GERAL.