O Vaticano vai tomar todas as precauções para impedir a espionagem das reuniões do cardeais durante o conclave para a escolha do próximo papa, afirmou nesta quinta-feira à imprensa italiana uma das maiores especialistas em contra-espionagem da Itália, Miriam Ponzi. O conlave começará na próxima segunda-feira (18).
Segundo ela, funcionários do Vaticano criaram uma operação especial com a ajuda de engenheiros de microeletrônica, para procurar em todo o interior da capela Sistina- e também em todos os aposentos ocupados pelos cardeais que participarão do conclave- qualquer tipo de dispositivo de espionagem que possa revelar o que acontecerá em cada reunião.
Segundo o jornal "La Repubblica", o maior risco são os aparelhos microscópicos, que podem ser instalados em qualquer lugar. Informações do serviço de inteligência italianos revelaram que, em 1978- quando houve o conclave para a escolha do papa João Paulo 2º- espiões russos instalaram um microfone em uma pequena estátua da Madonna dentro da capela Sistina.
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Uma das mais complexas tecnologias existentes é um aparelho de escuta clandestina que usa feixes de laser praticamente impossíveis de serem detectados. Além de não deixar nenhuma pista tecnológica, permitem que uma conversa seja monitorada à distância. Esse tipo de aparelho pode ser comprado por cerca de US$ 200.
Outra tecnologia que pode ser usada para o monitoramento do conclave é o sistema de GPS (Global Positioning System), que pode rastrear a posição de qualquer pessoa, em tempo real, já que um minúsculo aparelho pode enviar informações diretamente a um satélite.
Fonte: Folha Online