O principal partido de oposição no Quênia anunciou hoje (11) que vai retomar os protestos contra o resultado das eleições presidenciais do mês passado. A decisão é anunciada um dia depois do fracasso nas negociações entre governo e oposição para acabar com a crise política no país.
Membros do Partido Movimento Democrático Laranja (ODM, na sigla em inglês), do qual o líder da oposição Raila Odinga faz parte, disseram que irão a uma delegacia de polícia em Nairóbi notificar as autoridades que retomarão os protestos em todo o país.
"Já que o governo não está interessado em uma solução mediada, então vamos recomeçar nossos comícios de massa por todo o país imediatamente", disse à BBC um dos porta-vozes do ODM.
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Impasse
O presidente de Gana e da União Africana, John Kufuor, esteve no Quênia nesta semana para tentar negociar um fim para o impasse, mas deixou o país sem convencer Odinga a se reunir com o presidente Mwai Kibaki, reeleito no pleito.
A oposição acusa Kibaki de ter fraudado o resultados das eleições.
Antes de deixar o Quênia, Kufuor disse que, apesar da falta de resultados, os dois lados concordaram em continuar os trabalhos sob a supervisão de um grupo de personalidades africanas que inclui o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan.
Mais de 600 pessoas já morreram nos violentos protestos que se seguiram às eleições.
As informações são da BBC Brasil.