Os pais da menina britânica Madeleine McCann planejam ficar em Portugal para provar que são inocentes depois de serem declarados suspeitos no desaparecimento da filha, segundo amigos da família disseram à BBC.
Jon Corner disse que Gerry e Kathetine McCann estão determinados a não deixar que a busca pela menina seja prejudicada. "Eu conversei com Gerry neste sábado (8) e ele não estava surpreso de ter sido declarado formalmente suspeito", disse Corner.
"Gerry está frustrado com a direção que as investigações tomaram, mas ele também está determinado a fazer com que a busca por Madeleine não seja prejudicada", completou.
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Já a irmã de Gerry McCann, Philomena McCann, disse que o casal espera visitar a Grã-Bretanha na semana que vem, mas que Gerry "não quer que isso seja visto como se eles estivessem fugindo".
Segundo o advogado da família, Carlos Pinto de Abreu, Gerry McCann, recebeu o status de "argüido", termo jurídico português para designar suspeitos que estão sendo questionados, na madrugada deste sábado.
A mãe da menina, Katherine McCann, já havia sido declarada suspeita na sexta-feira, depois de um depoimento de 11 horas à polícia portuguesa.
O casal não foi acusado formalmente nem teve de pagar fiança.
Madeleine, de 4 anos, desapareceu do apartamento onde a família passava as férias na Praia da Luz, em Portugal, no dia 3 de maio.
'Morte acidental' - Segundo a BBC apurou, a polícia disse a Katherine McCann que acreditava que ela teria matado acidentalmente a filha dentro do apartamento da Praia da Luz.
Os policiais então disseram acreditar que ela teria, com a ajuda do marido, escondido o corpo temporariamente e depois se desfeito dele usando um carro alugado.
O casal nega qualquer envolvimento no desaparecimento de Madeleine.
Segundo Corner, Katherine McCann havia lhe dito que os policiais portugueses fizeram uma proposta para que ela confessasse ser responsável pela morte da menina em troca de uma sentença de prisão de apenas dois anos.
Mas o jornalista britânico Paul Luckman, que é baseado em Portugal, disse à BBC que as leis portuguesas estabelecem uma determianda pena para cada crime que nem mesmo o juiz pode alterar.
Oliveira Trindade, um advogado português, disse que "legalmente, se os promotores têm provas suficientes, eles têm de indiciar os suspeitos em 10 dias". "Se não há provas suficientes, as investigações irão continuar", completou.