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Promandioca

Pão francês pode ter adição de mandioca

Redação Bonde
01 jul 2006 às 15:55

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A comissão especial da Câmara que busca a aprovação do polêmico "Promandioca" chegou a um acordo na última semana sobre o projeto que torna obrigatória a adição de 10% de amido de mandioca à farinha de trigo consumida no Brasil.

A totalidade da farinha de trigo usada na produção de pão francês deverá sofrer a adição. Para os moinhos de trigo, será obrigatória a adição dos 10% de amido de mandioca em 50% da produção total de farinha.

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Quem não cumprir a determinação sofrerá pesadas multas (até 25% do valor comercializado sem a adição) ou interdição das atividades comerciais.

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O "Promandioca" também vai estabelecer incentivos fiscais (isenção de PIS/Pasep e Cofins) aos produtores de amido de mandioca e aos moinhos de trigo que fizerem a adição.

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O Projeto tramita em caráter terminativo na Câmara. Significa que 29 deputados, a maioria de Estados produtores de mandioca, decidirão sobre o assunto, sem votação no plenário da Casa.


Agora, se não houver contestação de pelo menos 51 deputados em cinco sessões ordinárias da Câmara, o projeto vai ao Senado. Depois, direto para a sanção presidencial.

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Originalmente, o "Promandioca" foi apresentado pela primeira vez em 2001 pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Mas só ganhou a velocidade atual depois que Rebelo assumiu a presidência da Câmara.


Agricultura familiar - Aprovado, o projeto será o primeiro em caráter terminativo concluído na gestão de Rebelo. A comissão foi instituída há dois meses.

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A justificativa ao projeto é diminuir a dependência de trigo importado e beneficiar a agricultura familiar. Os autores da medida acreditam ser possível dobrar (das atuais 500 mil toneladas/ano) a produção de amido de mandioca e criar mais de 100 mil empregos no campo.


Já a indústria do trigo afirma que o projeto trará uma reserva de mercado aos "mandioqueiros". Para o presidente da comissão, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), a resistência dos moinhos de trigo é "natural". Ele ressalta que a obrigatoriedade será da adição de 5% no primeiro ano de vigência, o que daria tempo ao mercado para se adaptar à exigência.

(Com informações da Agência Folha)


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