O papa João Paulo II condenou nesta segunda-feira uma eventual guerra dos EUA contra o Iraque. O pontífice afirmou que considera o conflito evitável e uma "derrota para a humanidade".
Segundo o IG, os diplomatas consideram as declarações claras e enérgicas, e pareciam ser o início de uma nova crise diplomática do Vaticano com os EUA, repetição daquela havida em razão da Guerra do Golfo, em 1991. "E o que diríamos da ameaça de uma guerra que pode atingir o Iraque, a terra dos Profetas, a terra de uma população já penalizada por mais de 12 anos de embargo?", perguntou o papa. "A guerra é apenas um dos meios que podem ser usados para resolver as diferenças surgidas entre países", declarou em uma outra clara referência à concentração de tropas norte-americanas a serem usadas em uma eventual investida contra o Iraque.
Durante a Guerra do Golfo, as relações entre o Vaticano e os EUA viram-se abaladas por causa da recusa do papa de declarar inequivocamente que aquele conflito era "justo", segundo a Igreja Católica.