O papa Francisco exaltou a generosidade vista durante a pandemia do novo coronavírus e convidou a humanidade a "estender as mãos aos pobres".
Na mensagem publicada neste sábado (13) pelo Dia Mundial dos Pobres, celebrado no dia 15 de novembro, o Pontífice critica o "cinismo" e a "indiferença" de todas as pessoas que "mantêm as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela pobreza, da qual muitas vezes são cúmplices".
"Não podemos ser felizes até que essas mãos que semeiam a morte sejam transformadas em instrumentos de justiça e paz para o mundo inteiro", afirma o líder da Igreja Católica.
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No entanto, Jorge Bergoglio ressaltou que no mundo não há apenas "malícia", "violência", "abuso" e "corrupção". "Nestes meses em que o mundo inteiro foi dominado por um vírus que causou dor e morte, angústia e perplexidade, quantas mãos estendidas pudemos ver", enfatizou.
Francisco ainda prestou uma nova homenagem aos profissionais da saúde que se dedicam na linha de frente do combate ao novo coronavírus.
"Todas essas mãos desafiaram o contágio e o medo para dar apoio", disse, fazendo referência aos médicos, enfermeiros, farmacêuticos, padres e voluntários.
O argentino também criticou aqueles que ganham fortunas vendendo armas e drogas e ficam mais ricos por causa de seus computadores.
"A indiferença e o cinismo são seu alimento diário", acrescentou o Papa sobre as "mãos estendidas para tocar rapidamente o teclado de um computador e mover somas de dinheiro de uma parte do mundo para outra, decretando a riqueza de oligarquias estreitas e a miséria das multidões ou o fracasso de nações inteiras".
No texto, o líder religioso também denuncia as "mãos estendidas para acumular dinheiro vendendo armas que outras mãos, incluindo as de crianças, usarão para semear a morte e a pobreza".