Enquanto continua a repressão das forças de segurança e de grupos paramilitares contra manifestantes na Venezuela, o papa Francisco lançou neste domingo (2) um forte apelo para que se encontre uma "solução pacífica e democrática" para a crise no país.
O líder da Igreja Católica lembrou da situação na nação latina por conta da Festa da Independência da Venezuela, que será celebrada no dia 5 de julho, em meio aos conflitos que deixaram o país à beira de uma guerra civil.
"Asseguro minhas orações para essa nação tão cara a mim e exprimo minha proximidade às famílias que perderam seus filhos nas manifestações. Faço um apelo para que se coloque fim à violência e se encontre uma solução pacífica e democrática para a crise", disse o Papa no Ângelus deste domingo.
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Francisco tem demonstrado bastante preocupação com a situação da Venezuela ao longo dos últimos meses, mas, ao contrário do que ocorreu na Colômbia e na reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, o Vaticano não tem conseguido o mesmo sucesso no papel de mediador.
Em junho passado, o presidente Nicolás Maduro enviou uma carta pedindo a ajuda do Pontífice para buscar uma solução para a crise política, uma semana depois de o líder católico ter recebido bispos venezuelanos no Vaticano.
Na ocasião, o Papa ouviu um relato detalhado do caos na Venezuela e ainda recebeu uma lista com os nomes dos que morreram em manifestações no país. Até aqui, os três meses de protestos diários já registraram pelo menos 80 vítimas.