O papa Francisco permanece com um quadro de saúde estável, de acordo com o mais recente boletim do Vaticano, divulgado no início da noite desta terça-feira (4).
"As condições clínicas do Santo Padre permaneceram estáveis", diz a nota da Santa Sé, acrescentando que Jorge Mario Bergoglio, 88, não teve novos episódios de insuficiência respiratória nem broncoespasmo (contração dos músculos que envolvem os brônquios, causando o estreitamento das vias aéreas).
Ainda segundo o Vaticano, Francisco "permaneceu sem febre, sempre alerta, colaborando com as terapias e orientado". Pela manhã, o pontífice recebeu oxigênio suplementar e fez fisioterapia respiratória. "Durante a noite, conforme planejado, retomará a ventilação mecânica não invasiva [sem intubação] até a manhã seguinte", continua o boletim.
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Como de praxe, as informações da Santa Sé incluem menções às práticas de oração do líder da Igreja Católica e o fato de que ele recebeu a Eucaristia (hóstia consagrada). Seu prognóstico, no entanto, segue reservado isto é, o papa Francisco não está fora de perigo.
No primeiro boletim desta terça, o Vaticano havia informado que o papa voltou a receber oxigênio através de um pequeno tubo nasal sob o nariz. Sua condição era estável, embora os médicos tenham mantido seu prognóstico como reservado, o que significa que ele não está fora de perigo.
Na segunda-feira (3), o pontífice sofreu dois episódios de "insuficiência respiratória aguda" um revés para o religioso após declarações relativamente otimistas sobre a sua saúde no fim de semana. Mas ele melhorou, dormiu a noite toda e seguia descansando no hospital Gemelli, afirmou a Santa Sé.
O argentino está internado em Roma desde 14 de fevereiro. Ele recebeu o diagnóstico de pneumonia bilateral, uma infecção grave em ambos os pulmões que pode inflamá-los e cicatrizá-los, o que dificulta a respiração.
Na segunda, o papa sofreu um broncoespasmo, semelhante a um ataque de asma e precisou de duas broncoscopias para liberar as vias respiratórias. O Vaticano não disse se o papa recebeu sedação durante os procedimentos.
A crise foi causada "por um acúmulo significativo de muco endobrônquico" que dificulta a respiração. Francisco precisou de ventilação mecânica não invasiva, ou seja, que não exige intubação.
Os médicos do papa afirmam que o episódio respiratório faz parte da resposta normal do corpo à luta contra a infecção, disse a Santa Sé em comunicado oficial.
O pontífice é propenso a infecções pulmonares porque teve parte de um pulmão removida após ter pleurisia quando jovem.
A internação representa o maior período em que o líder da Igreja ficou longe da vista pública desde que seu papado começou, em março de 2013. Seus médicos não disseram quanto tempo seu tratamento pode durar.
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