O papa Bento XVI segue com bom estado de saúde e manterá sua carregada agenda de Natal, informou o Vaticano. Ontem, o pontífice foi derrubado pouco antes de iniciar a Missa do Galo, por uma mulher que conseguiu burlar a segurança. O Vaticano afirmou que Bento XVI, de 82 anos, não sofreu lesões. Já o cardeal francês Roger Etchegaray, de 87 anos e com longa carreira como diplomata do Vaticano, sofreu uma fratura da bacia ao cair durante o incidente ocorrido na Basílica de São Pedro. O cardeal deve ser operado no hospital Gemelli, de Roma.
O papa estava um pouco inseguro hoje ao se aproximar de sua cadeira no balcão sobre a praça de São Pedro para sua tradicional bênção de Natal. Um assistente o ajudou. Porém, logo em seguida Bento XVI abriu os braços e abençoou a multidão, proferindo seu discurso "Urbi et Orbi" (A cidade e o mundo) sem problemas. Ele enviou mensagens natalinas em 65 idiomas. No discurso, o pontífice criticou os efeitos da crise financeira mundial, os conflitos na Terra Santa e na África e os sofrimentos do "pequeno rebanho" de cristãos no Iraque - uma minoria no país.
O porta-voz do Vaticano disse que a mulher que derrubou o papa é a suíço-italiana Susanna Maiolo, de 25 anos, que sofre de problemas psiquiátricos. Ela protagonizou um incidente similar no Natal do ano passado. Susanna não estava armada e foi levada a uma clínica para tratamento. Na Missa do Galo de 2008, ela chegou a saltar algumas barreiras, mas foi rapidamente derrubada no chão por seguranças, sem conseguir chegar ao papa. Já neste ano, ela se jogou contra Bento XVI. Os guardas a derrubaram, mas ela chegou a agarrar a túnica do pontífice, derrubando-o.
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O papa ficou alguns segundos no chão, mas em seguida se levantou com o auxílio de algumas pessoas. Nesse momento, alguns presentes gritaram "Viva o papa!" Foi a primeira vez que um possível agressor chegou a tocar no atual líder católico em seus cinco anos de papado. Analistas de segurança já advertiram que o pontífice, em geral, está desprotegido em suas aparições em público. Bento XVI não comentou o incidente durante a missa nem na bênção de hoje.