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Vaticano

Papa pede respeito a medidas para saída de confinamento

Agência Brasil
28 abr 2020 às 15:04

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- Maria Cavins/USAG Itália
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O papa pediu nesta terça-feira (28) que as pessoas sejam "obedientes" e respeitem as medidas para a saída do confinamento imposto pelo coronavírus, "para que a pandemia não retorne".

"Quando começamos a ter medidas para sair da quarentena, pedimos ao Senhor que dê ao seu povo, todos nós, a graça da prudência e obediência às disposições, para que a pandemia não retorne", disse Francisco na sua habitual missa matinal na Casa de Santa Marta, transmitida ao vivo pelos canais do Vaticano.

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Apesar das disposições determinadas pelo governo italiano para sair gradualmente do confinamento, não foi ainda autorizada a celebração de missas.

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Isso provocou uma dura reação da CEI (Conferência Episcopal Italiana) que, numa declaração contra o governo do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, denunciou que "a liberdade de culto" estava sendo violada.

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Seguindo o conselho do comitê técnico-científico de Itália, encarregado de preparar o plano de reabertura do país, foi decidido que não era seguro permitir cerimônias religiosas, embora os funerais com até 15 pessoas tenham sido autorizados.


Por outro lado, o papa Francisco dedicou a homilia de hoje aos falsos testemunhos e afirmou que é "uma bestialidade" usá-los para "fazer justiça".

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"Os falsos testemunhos, calúnias, que incitam as pessoas a fazer justiça", são um verdadeiro linchamento", disse ele, dando o exemplo da cristã paquistanesa Asia Bibi, julgada por calúnia e que ficou muitos anos na prisão.


"Diante da avalanche de notícias falsas que criam uma opinião [entre as pessoas], às vezes nada pode ser feito", observou.


E, a esse respeito, também citou o Holocausto e como "uma opinião foi criada contra um povo para acabar com ele". "Depois, há o pequeno linchamento diário que tenta condenar as pessoas, criando uma má reputação, o pequeno linchamento diário que cria opiniões para condenar as pessoas", acrescentou.

Francisco admitiu que na igreja também ocorrem "vários linchamentos todos os dias, que nascem das coscuvilhices [fofocas]".


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