O novo ministro do interior do Paraguai, Rubén Candia, assumiu o cargo com a promessa de que o governo buscará pelos culpados do confronto entre camponeses e policiais, ocorrido na última sexta-feira, que deixou ao menos 17 mortos em Colonia Ybyra Pyta, no Departamento (Estado) paraguaio de Canindeyú, informou o jornal Última Hora, de Assunção. "Vamos impulsionar as diligências, os procedimentos, porque esses criminosos devem ser colocados à disposição da Justiça para serem processados e condenados", afirmou Candia, nomeado no sábado pelo presidente paraguaio, Fernando Lugo.
Neste domingo, familiares de camponeses e policiais iniciaram novas buscas por corpos na região do tiroteio, informou também neste domingo o jornal ABC Color, igualmente da capital. O conflito aconteceu durante uma tentativa da polícia paraguaia de expulsar 150 camponeses sem-terra que ocuparam uma reserva florestal em Curuguaty, a 400 quilômetros ao nordeste da capital do país. O caso resultou na demissão do então ministro do interior, Carlos Filizzola, e de seu chefe de polícia, Paulino Rojas.
As buscas acontecem na propriedade onde houve o tiroteio, chamada de Campos Morombí, do empresário e político Blas N. Riquelme, no nordeste do país, perto da fronteira com o Estado brasileiro do Paraná. De acordo com o jornal Última Hora, o advogado que organizou os grupos de familiares disse que pode haver mais mortos e feridos no local. Pelo menos 11 camponeses e 6 policiais estão entre as vítimas.
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O presidente Lugo enviou as Forças Armadas para Curuguaty como apoio às ações policiais. O confronto levou à substituição do ministro do interior pelo ex-procurador-geral do Estado Rubén Candia. Arnaldo Sanabria assumiu como novo chefe da Polícia.