Depois de mais de 24 horas detidos por mineradores e moradores de Uyuni, no Departamento de Potosi, sudoeste da Bolívia, próximo à fronteira com o Chile, os quatro turistas paranaenses foram liberados por volta das 18 horas desta quarta-feira. A informação foi passada por familiares do comerciante Erotides de Arruda, de 56 anos, e de seu filho Diogo Ruiz, de 24 anos, que moram em Curitiba e estavam presos na Bolívia. Também faziam parte da excursão com turistas detidos os irmãos Marcos e Bruno Tosin, de 25 e 23 anos. Não há informação sobre a situação dos outros cerca de 90 turistas de várias nacionalidades.
"Está tudo tranquilo", disse Regina, mãe de Diogo, que estava incumbida de passar a informação para os outros familiares. Segundo ela, o filho lhe passou uma mensagem de celular dizendo que eles já estavam a caminho do Chile. Disse também que não sofreram qualquer ferimento e que os manifestantes eram "do bem". Posteriormente, ela tentou contato telefônico, mas a informação era de que o celular estava fora de área. Os turistas tinham ido passar férias na Bolívia e pretendiam conhecer o Salar de Uyuni, maior planície salgada do mundo, com mais de 12 mil quilômetros quadrados, mas foram retidos no caminho.
Os manifestantes têm trancado estradas na região desde a semana passada, reclamando de exploradores estrangeiros de minas de sal, principalmente dos controladores japoneses da mina San Cristóbal, que, segundo eles, estariam saqueando recursos naturais e usando indevidamente 600 litros por segundo de água subterrânea no processamento dos minérios.
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De acordo com Arruda, que comunicou a situação complicada que estavam vivendo por meio de uma mensagem no telefone celular da filha, por volta das 18 horas de terça-feira, os manifestantes exigiam a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales, para liberar os cerca de 90 turistas de vários países. A mãe de Diogo Ruiz disse que não tinha detalhes sobre possível acordo para a liberação dos paranaenses.