O início do ano letivo é sinônimo de investimentos e atenção redobrada para os pais. Além dos custos característicos da época - com materiais e uniforme, quem vai mudar de escola tem ainda que enfrentar a fase de adaptação, que envolve necessariamente toda a família. "Um percentual considerável de crianças e adolescentes enfrenta esse desafio todos os anos, por várias razões. A mais freqüente é a mudança de residência", conta a psicopedagoga Márcia Guido, da Cia do Adolescente & Família.
Para que o impacto seja o menor possível, o primeiro passo é a escolha acertada da instituição. "É importante que os responsáveis selecionem uma escola que esteja de acordo com os valores da família. A pressa, nesse caso, é inimiga, pois é necessário tempo para visitar os colégios e conversar com os coordenadores pedagógicos", explica Márcia.
A especialista orienta aos pais que expliquem aos filhos a razão da mudança, estabelecendo com isso um canal para que eles possam expressar seus sentimentos com liberdade. Outro aspecto importante é verificar se a escola possui estratégias de integração, como comitês de recepção e eventos sociais com essa finalidade.
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Se apesar de todos os cuidados, a criança apresentar dificuldades na adaptação, os pais devem evitar demonstrações de ansiedade e insegurança ou críticas aos professores. "Isso pode dificultar ainda mais o processo de integração. É muito importante que o aluno saiba que sua mãe e seu pai confiam na instituição", comenta a psicopedagoga. A saída é estabelecer uma parceria com a escola, estreitando os laços com o coordenador pedagógico.
Márcia lembra ainda que algumas crianças podem experimentar um processo mais longo de adaptação. "Alguns necessitam de mais tempo para se adaptar a novas regras ou se integrar a um novo grupo. Bem-conduzida, a situação é de extremo valor, pois se constitui em uma possibilidade de aprendizado e superação de dificuldades, que terá repercussão por toda a vida", conclui. (Com informações da AthenaPress)