O porta-voz do Vaticano padre Federico Lombardi disse, nesta terça-feira (17), que a pedofilia não é exclusividade da Igreja Católica, ao comentar o acordo financeiro feito entre a Arquidiocese de Los Angeles com 508 supostas vítimas de abuso sexual por sacerdotes.
Em nota publicada na página da Internet da Rádio do Vaticano, Lombardi lamentou os incidentes envolvendo sacerdotes, religiosos e laicos da arquidiocese norte-americana e falou do esforço da Igreja na luta contra a pedofilia.
Segundo o sacerdote, o acordo feito é um sinal do compromisso da Igreja em fechar uma "página dolorosa" e passar a olhar para a frente, "na linha da prevenção e da criação de um ambiente sempre mais seguro para as crianças e os jovens em todos os âmbitos da pastoral da Igreja".
Leia mais:
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
Indenização
Um documento da Arquidiocese de Los Angeles indica que, nos últimos 75 anos, 113 sacerdotes diocesanos foram acusados de pedofilia. Destes, 43 estão mortos e 54 não usam mais a batina. Outros 16 ainda exercem o ministério, sendo que em 12 casos não foram encontrados indícios suficientes que determinassem a culpabilidade deles.
A indenização acordada seria de US$ 660 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão), considerado o maior pagamento já feito pela Igreja desde que surgiram os primeiros escândalos de abuso sexual envolvendo religiosos em 2002.
As informações são da BBC Brasil.