Pelo menos 19 pessoas morreram nesta sexta-feira (15) quando forças de segurança sírias dispararam contra manifestantes em diversas cidades do país, segundo ativistas.
Os protestos podem estar entre os maiores desde o início do levante popular contra o governo do presidente Bashar al-Assad, no mês de março.
Na capital, Damasco, pelo menos sete pessoas teriam morrido na manifestação, que teve a participação de cerca de 20 mil pessoas.
Leia mais:
Japão recolhe réplica de espada de Harry Potter por violação da lei de armas
Itália debate mudanças na lei e prevê mais taxa após aumento de cidadanias
O que 'Ainda Estou Aqui' e Fernanda Torres precisam fazer para concorrer ao Oscar
Sem acordo, tratado global contra a poluição plástica é adiado para 2025
Há relatos de grandes manifestações em diversos locais do país, incluindo as cidades de Homs, Deraa, Idlib, Deir al-Zour e Duma.
Testemunhas disseram à BBC que, em Damasco, os manifestantes estavam tentando evacuar os feridos e impedir a entrada de mais integrantes das forças de segurança no bairro onde ocorria o protesto.
Em Deraa, um ativista disse à agência AP que "o tiroteio foi intenso".
A Síria proíbe a entrada de jornalistas estrangeiros no país, dificultando a confirmação das informações.
As sextas-feiras se tornaram o principal dia de protestos no país, após as orações tradicionais.
Detidos
O correspondente da BBC em Beirute (Líbano) Owen Bennett-Jones diz que os protestos desta sexta-feira pedem especificamente pela libertação das cerca de 10 mil pessoas que teriam sido presas pelo regime sírio desde o início dos protestos.
O governo deu início a um projeto de "diálogo nacional", mas muitos ativistas ainda pedem a renúncia do presidente Assad e se negam a entrar em negociação.
Calcula-se que pelo menos 1,6 mil pessoas tenham sido mortas na repressão aos protestos pró-democracia e contra o governo do presidente Bashar al-Assad.
O governo responsabiliza "gangues armadas de criminosos" pela crise. BBC Brasil - Todos os direitos reservados.