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Morte

Peritos do INSS paralisam de novo por mais segurança

Redação Bonde
31 mai 2007 às 12:00

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O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse nesta quinta-feira (31) que os médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não devem tirar proveito político da morte do perito José Rodrigues de Souza para realizar uma paralisação da categoria. "Espero francamente que os peritos não façam essa bobagem de entrar em greve de protesto de 48 horas", afirmou marinha, em entrevista a emissoras parceiras da Radiobrás.

A paralisação de dois dias começa hoje e, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência (ANMP), tem adesão de médicos de todo o país. O médico José Rodrigues de Souza foi assassinado esta semana com um tiro na cabeça por um segurado do INSS em Patrocínio (MG). As informações são da Agência Brasil.

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Essa é a segunda morte de perito em menos de um ano. Em setembro de 2006, a perita Cristina Felipe da Silva foi assassinada na porta de casa, em Governador Valadares (MG). De acordo com ANMP, depois disso, os peritos decretaram greve por tempo indeterminado, mas, retomaram ao trabalho após três dias de paralisação por que o ministério se comprometeu a cumprir uma série de reivindicações.

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"Não podemos de maneira alguma aproveitar de uma tragédia para uma eventual associação querer tirar proveito político de um processo como esse. Querer ganhar representatividade em cima de uma tragédia de uma família, da comoção de uma cidade", disse o ministro da Previdência.

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Para ele, os assassinatos ocorreram em circunstâncias diferentes. "A doutora Maria Cristina foi vítima de uma quadrilha porque ela descobriu que colegas seus estavam participando de uma quadrilha de fraudes e ela estava investigando por conta própria. E essa quadrilha a executou", disse.


"O doutor José Rodrigues foi assassinado brutalmente - inclusive estive lá no local, vi o sangue, visitei o consultório que o doutor trabalhava e fico até chocado e emocionado em rever na minha memória a cena - por um segurado que não tinha direito a um benefício, mas queria obrigar o doutor a conceder o benefício e ele corretamente não concedeu."

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Ele reconheceu que o ex-ministro da Previdência Nelson Machado se comprometeu a implementar um conjunto de medidas de segurança nas novas agências, após a morte da perita Cristina da Silva. De acordo com Marinho, as medidas estão em curso. "Foi implantado na cidade de Porto Alegre, em estado experimental, para ver como funciona. Está funcionando bem o detector de metais, a rota de fuga do consultório, a luz de alarme."


Segundo o ministro, os consultórios estão sendo preparados para que, caso um segurado reaja de forma agressiva, os médicos possam apertar uma campainha para avisar os demais funcionários de uma emergência e possam sair da sala por uma porta alternativa.


O ministro afirma que a reivindicação dos peritos é de que as medidas de segurança fossem implementadas nas cidades consideradas de risco e Patrocínio não estava entre elas. Segundo Marinho, após o assassinato desta semana o ministério "foi além da reivindicação" e resolveu instalar portas detectoras de metal, reforçar a segurança, implementar rotas de fuga e alarmes de emergência em todas as agências do país. Segundo ele, as portas serão instaladas dentro de 120 dias.

Marinho disse também que o ministério irá fazer uma campanha para mostrar à sociedade brasileira que os peritos não são culpados pela concessão ou não dos benefícios previdenciários. "O que leva a pessoa ter ou não direito é ele estar enquadrado em uma normatização legal. Os peritos seguem normas legais."


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