O ronco já foi motivo de inúmeros estudos e também foi tema de muitas reportagens na TV e em jornais. Pior que isso: o ronco excessivo já foi até a causa do afastamento de casais, que se vêem obrigados a dormir em quartos separados, porque o "rocador" incomoda demais.
O ronco é provocado pela flacidez da musculatura da região da úvula – aquela bolinha no fundo da garganta, conhecida como campainha – e pelo aumento das amígdalas. Esses dois fatores somados complicam a respiração durante o sono. O ar tem dificuldade de entrar e, quando a pessoa força a respiração, o resultado é aquele barulho desagradável que todos conhecem, o ronco.
Além de incomodar quem está por perto, ele é sinal de má qualidade de sono. Quando ocorre o esforço respiratório e o ar não passa, porque a via aérea encontra-se fechada, sobrevém a apnéia, eventos que duram mais de 10 segundos, sendo considerados anormais ao ultrapassarem a freqüência de cinco ocorrências por hora.
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Essas e outras informações fazem parte do projeto de mestrado do odontólogo Eduardo Rollo Duarte, pela Universidade de São Paulo (USP). Depois de estudar minuciosamente o assunto ele desenvolveu um tipo de placa intra-oral para ser colocada no interior da boca à noite e reduzir a apnéia e o ronco.
Os distúrbios do sono causam uma série de problemas como sonolência diurna, dificuldade de memorização e dor de cabeça. E, muitas vezes, uma apnéia mais amena pode ser facilmente controlada. A obstrução na região da faringe pode ser provocada por diversos fatores. Desde anormalidades anatômicas e fatores genéticos, o hipotireoidismo, o envelhecimento, que deixa a musculatura flácida, a obesidade, até o consumo de cigarro, bebida alcoólica e sedativos que deixam a musculatura excessivamente relaxada, impedindo a passagem do ar.
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