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Terrorismo

PF atribui morte de marinheiro egípcio no Pará a antraz

Redação - Folha de Londrina
28 abr 2003 às 18:53

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Um tripulante de um cargueiro egípcio morreu no Pará, provavelmente vítima do antraz, após abrir uma mala que ia para o Canadá e continha a substância, informou a Polícia Federal.

Um assessor de imprensa da PF no Pará disse nesta segunda-feira que a autópsia no corpo do egípcio Ibrahim Saved Soliman Ibrahim, feita pelo Instituto Médico Legal de Belém, mostrou que ele morreu após vomitar, sofrer hemorragia interna e falência múltipla dos órgãos.

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"Ele foi vítima do antraz", disse o agente da PF Fernando Sérgio Castro, estimando em 90 por cento a possibilidade do diagnóstico preliminar ser confirmado.

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Ibrahim morreu em 11 de abril, no hotel em que se hospedava em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, a mil quilômetros de Belém. Profissionais da área de saúde que encontraram o corpo foram hospitalizados depois de ficarem doentes, mas estão fora de perigo.

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O marinheiro havia viajado do Cairo para o Brasil para se juntar à tripulação do navio Wabi Alaras, que transportaria bauxita da Amazônia para o Canadá. "Acreditamos que se trate de bioterrorismo, e que o Brasil tenha sido usado apenas como ponto de passagem", disse Castro.


Ibrahim morreu antes que o navio zarpasse para o Canadá.

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Todos os tripulantes foram colocados de quarentena pelas autoridades locais na semana passada, após um alerta feito pela Interpol.


Castro disse que Ibrahim recebeu a mala contaminada por antraz no Cairo, das mãos de uma pessoa não-identificada. O volume deveria ser entregue a alguém no Canadá.

Segundo o agente, Ibrahim provavelmente não sabia que o conteúdo era nocivo, pois nessa hipótese jamais teria aberto a mala. "Ele abriu porque estava curioso", disse.


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