O mês de setembro de 2023 foi o mais quente já registrado neste período, segundo o Copernicus, sistema de observação da Terra da União Europeia.
Conforme relatório publicado na quinta-feira (5) pelo organismo, a temperatura média do ar em setembro no planeta foi de 16,38ºC, o que é 0,93ºC superior ao período de 1991 a 2020 e 0,5ºC acima do recorde anterior, registrado em 2020.
Na comparação com a média da era pré-industrial (1850-1900), a temperatura de setembro foi 1,75ºC maior - a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC em relação ao século 19.
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"Vivemos o setembro mais inacreditável do ponto de vista climático na história. Simplesmente não dá para acreditar", afirma o diretor do serviço de mudanças climáticas do Copernicus, Carlo Buontempo.
"A mudança climática não é algo que vai acontecer daqui a 10 anos, ela já está aqui", frisa.
Julho de 2023 já foi o mês mais quente registrado pela humanidade, com uma temperatura média de 16,95ºC, e o ano segue em busca de bater recordes de calor.
Além da crise climática provocada pela emissão de gases do efeito estufa, ainda contribui para esse cenário o fenômeno do El Niño, caracterizado pelo aumento das temperaturas na superfície do Oceano Pacífico e com repercussões em boa parte do planeta.