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Agricultura

Plantio de cana pode sofrer restrições ambientais

Redação Bonde
05 jul 2007 às 13:58

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O governo brasileiro pretende impor restrições ambientais para o plantio de cana-de-açúcar que poderiam afetar inclusive áreas onde o produto já está presente hoje, afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

O principal objetivo com a medida é esvaziar as críticas de países à cultura no Brasil ao estabelecer, juntamente com os produtores, dentro de dois a três anos, critérios ambientais para a expansão da atividade e em seguida um sistema de certificação da produção de álcool.

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Esses critérios ambientais serão discutidos na semana que vem, numa reunião no ministério da qual participarão 15 empresários da indústria sucroalcooleira.

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Preocupação

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A preocupação do governo leva em conta a expansão prevista para o setor sucroalcooleiro nos próximos anos, motivada pelo crescente interesse pelo etanol em outros países e também pela ampliação do mercado local graças à frota de veículos flex.


Projeções do ministério apontam que o consumo nacional de álcool, atualmente em 15 bilhões de litros, deve pelo menos dobrar para 30 bilhões de litros dentro de dez anos, quando haveria um excedente exportável de 10 bilhões de litros.

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Considerando essa preocupação, o setor deve ganhar dentro de até um ano um modelo de zoneamento ainda inédito no Brasil, que irá associar aspectos agroclimáticos a fatores ecológicos, disse o ministro.


Queimada

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A queimada é feita para facilitar o corte manual da cana e emite poluentes. O corte mecanizado não requer a queima. Cerca de 65% da produção nacional de cana concentra-se no Estado de São Paulo. O ministro observou que é mais fácil adotar novos critérios ambientais para um setor que está "economicamente bem".


Ele afirmou que o governo deve discutir com a comissão de empresários a instituição de mecanismos pelos quais seja possível diminuir a volatilidade da oferta de álcool e, em conseqüência, dos preços.

Segundo ele, o assunto já vem sendo discutido pela Casa Civil, ministérios de Minas e Energia e Agricultura, além dos próprios produtores e pela Petrobras. Com informações do Estadão.


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