Uma operação de varredura realizada na manhã deste sábado na cargeragem Ponto Zero da Polinter, na zona norte do Rio de Janeiro, terminou com 25 celulares apreendidos.
Não foi só isso. Também foram encontrados um telefone fixo, dois computadores, impressoras, caixas de cerveja e duas suítes duplex com ar-condicionado, banheiros individuais e frigobar.
Para o corregedor da Polícia Civil, Jorge Abreu, pelo menos 10 policiais podem estar envolvidos em um esquema de corrupção para permitir a manutenção de mordomias para os presos.
Leia mais:
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
A varredura foi ordenada a partir de uma denúncia de um dos presos da Ponto Zero, que reclamou do "tratamento desigual" e dos "espaços privilegiados" de alguns presos.
De acordo com essa denúncia, os policiais recebiam R$ 15 mil para facilitar a entrada dos equipamentos.
Vários desses equipamentos foram encontrados na cela do advogado Wadson Kamel, condenado a 18 anos de prisão, que mantinha um verdadeiro escritório dentro de sua cela.
Cinco dos celulares apreendidos estavam com os fiscais Rômulo Gonçalves, Hélio de Lucena, Carlos Eduardo Pereira Ramos, Axel Rippol e Roberto Cavallieri Vonmaro. Eles foram presos por corrupção, acusados de envolvimentos no caso do propinoduto.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, disse que vai esperar a conclusão do inquérito, mas admitiu a possibilidade de exoneração do diretor da Polinter, Fernando Vila Pouca.
Mordomias semelhantes foram encontradas na Polinter há oito anos, quando bicheiros presos faziam churrascos e contratavam shows na Ponto Zero.