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Para dispersar protesto

Polícia de Israel invade local sagrado durante conflito

Agência Estado
25 fev 2014 às 18:46

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A polícia israelense invadiu um local considerado sagrado em Jerusalém nesta terça-feira para dispersar um protesto, horas antes de o Parlamento israelense debater uma proposta de um legislador nacionalista para estender o acesso ao local.

O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que cerca de 20 jovens palestinos mascarados lançaram pedras e fogos de artifício contra tropas do alto do Monte do Templo. A polícia entrou no complexo e prendeu três pessoas. Conforme a polícia, dois policiais ficaram levemente feridos.

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O local, que para os muçulmanos é conhecido como Nobre Santuário, é o marco zero no conflito territorial e religioso entre Israel e seus vizinhos muçulmanos. Os judeus costumavam rezam abaixo no Muro das Lamentações, mas as tensões têm crescido ultimamente, com um número maior de judeus orando também no Monte do Templo.

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Reverenciado como o terceiro local mais sagrado do Islã pela presença do icônico Domo da Rocha, que abriga a rocha a partir da qual o profeta Maomé teria ascendido ao céu, de acordo com a crença dos muçulmanos. Os judeus acreditam a rocha pode ser a parte mais sagrada de dois templos antigos e esperam que um terceiro templo possa ser um dia construído no local.

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O ponto é tão sagrado que os judeus tinham, tradicionalmente, evitado orar no cume do morro, mas alguns religiosos ortodoxos mudaram de ideia e cresceu a demanda para permitir que judeus possam rezar livremente lá também. O legislador nacionalista Moshe Feiglin, do partido Likud, o mesmo do premiê Benjamin Netanyahu, tem liderado esse esforço. Moshe havia iniciado as discussões sobre o assunto hoje no parlamento, mas o tema não foi votado e nenhuma decisão foi tomada sobre o assunto.


O diretor-geral da Waqf, autoridade islâmica da Jordânia que atualmente gerencia assuntos religiosos no local, Azzam Khatib, assinalou que o confronto ocorreu na sequência de rumores de que judeus extremistas planejavam entrar no complexo e colocar uma bandeira israelense. Segundo Khatib, todo o espaço era muçulmano e os frequentadores não permitiriam que ninguém mudasse essa situação. "Espero que haja algumas pessoas racionais no governo para impedi-los de nos provocar", salientou.


O vice-ministro das Finanças de Israel e ex-comandante da Polícia Distrital de Jerusalém, Mickey Levy, chamou o local de "um barril de dinamite" e pediu prudência. Zehava Galon, chefe do partido Meretz, disse que a revolta desta terça-feira foi um resultado direto da "provocação religiosa" de Feiglin. Ela disse que o seu partido reconhecia o direito de livre prece em locais sagrados, mas apontou que nem todo direito precisava ser exercido agora e que fazê-lo iria apenas inflamar a região.

O escritório do presidente palestino Mahmoud Abbas também emitiu comunicado condenando o que chamou de "incursões israelenses continuadas" ao local. "Algumas investidas não são apenas um perigo para locais sagrados, mas também criam uma atmosfera que irá aumentar a violência e o ódio e converter o confronto em um perigoso conflito religioso", assinalou.


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