A Polícia Civil de São Paulo anunciou a prisão de mandantes dos ataques realizados pelo crime organizado no estado desde maio. A operação, iniciada na noite de quarta-feira (19), resultou na detenção de 21 pessoas, informa o delegado responsável pela operação, Ruy Ferraz Fontes. Segundo ele, mais da metade dos presos tiveram participação direta nas mortes de policiais e agentes penitenciários, assim como na depredação de patrimônio público.
A polícia alega que a operação desmantelou a "tesouraria" do Primeiro Comando da Capital (PCC): uma casa na Lapa, zona oeste da capital, usada para organizar o financiamento dos ataques. A "tesouraria" teria servido para a arrecadação do dinheiro da venda de drogas no estado de São Paulo e o repasse para execução das ações criminosas. A polícia estima que a quadrilha arrecadava por mês, apenas com o tráfico, aproximadamente R$ 224 mil.
Fontes negou que a ação da polícia seja um golpe fatal para o bando. "Considero que a polícia, a partir do serviço de inteligência integrado, desmontou o que eles estruturaram para manter a venda de entorpecentes no estado. O que não significa que eles não possam voltar a estruturar. Mas a polícia vai estar atenta". Para o delegado, essa foi a operação que mais agregou provas e identificou pessoas relacionadas diretamente com as ordens e com os ataques. A investigação foi norteada principalmente por interceptações telefônicas.
Leia mais:
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Para o promotor Márcio Sérgio Cristino, que acompanhou a operação, o PCC sofreu uma séria derrota, "talvez a maior, dado o mapeamento que foi feito".
A polícia apreendeu drogas, armas, dinheiro e documentos. Os presos responderão, de acordo com a ação criminosa de cada um, pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, porte de arma, formação de quadrilha ou bando e resistência, além de participação nos crimes ocorridos na época dos ataques.
Informações da ABr