A polícia e um grupo de imigrantes ilegais entraram nesta terça-feira (11) em confronto na ilha grega de Kos. O presidente da câmara local alertou para "um banho de sangue" em caso de agravamento da situação.
Os agentes agrediram com cassetetes e lançaram gás de pimenta sobre centenas de pessoas envolvidas em confrontos entre si em um estádio de futebol, enquanto aguardavam para se registrar e obter os documentos de viagem, informou a imprensa local.
Durante a longa espera, algumas pessoas desmaiaram por causa da grande concentração de migrantes e das altas temperaturas e outras protestavam pela falta de comida, más condições higiênicas e alojamento, além da dificuldade para obter documentos ques permitam deixar o país.
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Nas últimas semanas, dezenas de milhares de imigrantes chegaram às ilhas gregas do Mar Egeu, principalmente as situadas perto da costa da Turquia, onde esperam uma oportunidade de chegar à Grécia continental e prosseguir viagem até o centro da Europa.
Os dados divulgados esta semana pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) indicam que, nos primeiros sete meses de 2015, desembarcaram na Grécia 124 mil refugiados e imigrantes, a maioria nas ilhas de Kos, Lesbos, Chios, Samos e Leros.
Em julho, chegaram à Grécia 50 mil pessoas da Síria, Afeganistão, Iraque, Eritreia e outros países. Esse volume é superior ao registrado em 2014, e representa um aumento de 20 mil pessoas em relação a junho.
Os desembarques no país aumentaram 750% nos sete primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2014.
A ministra-adjunta para a Imigração, Tasia Christodoulopoulou, informou que, até o fim de 2015, o governo deve instalar 2,5 mil campos de refugiados, de modo a abrigar imigrantes que hoje ocupam acampamentos improvisados em Atenas e arredores.