A Polícia Federal espera receber em até 15 dias as informações solicitadas à Petrobras e à empresa Halliburton, dos Estados Unidos, sobre o furto de equipamentos contendo dados estratégicos da estatal brasileira para dar prosseguimento ao inquérito aberto para apurar o caso.
"A Petrobras, que tem a maior parte das informações, nos forneceu informações genéricas sobre o fato. Nós instauramos o inquérito e determinamos algumas diligências. Só que, no entanto, quem tem a maior parte das informações é a própria Petrobras, que está fazendo uma apuração interna", disse a delegada da Polícia Federal em Macaé (RJ), Carla Dolinski, que preside o inquérito sobre o caso, aberto no último dia 7.
O roubo de alguns HDs e notebooks ocorreu no dia 1º de fevereiro durante a operação de transporte de um contêiner da Halliburton - considerada a maior empresa de serviços de petróleo do mundo - de Santos para Macaé. A polícia desconhece se o meio de transporte do contêiner teria sido rodoviário ou marítimo.
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A delegada disse que a PF não tem ainda uma noção exata da importância para a Petrobras dos dados contidos nos equipamentos roubados, nem mesmo se eles podem trazer alguma ameaça à segurança nacional.
"Nem a própria Polícia Federal tem ciência disso", afirmou.
Segundo Carla Dolinski, os equipamentos roubados seriam de propriedade da Halliburton e não da Petrobras, mas conteriam informações da estatal.
A Polícia Federal tem duas linhas de investigação. A primeira seria o furto com objetivo de espionagem para obtenção de informações estratégicas. A outra seria um furto simples.
"O meliante teria furtado aquele material sem saber o que continha", disse a delegada.
A PF realizou perícia no contêiner, cujo resultado não foi concluído. Carla Dolinski admitiu, contudo, que as chances são reduzidas de se conseguir informações por meio dessa perícia, uma vez que o local não teria sido preservado.
Em nota divulgada esta tarde, a estatal confirmou que os equipamentos e materiais furtados continham informações importantes para a companhia. Mas destacou que o material não estava sob sua guarda.
A estatal informou que possui todas as informações contidas no material desviado, que estava sob a guarda da empresa terceirizada que presta serviços especializados para a companhia.
Agência Brasil