A Polícia de Cleveland, nos Estados Unidos (EUA), procura desde de domingo (16) Steve Stephens, de 37 anos, suspeito de ter executado Robert Goodwin, de 74 anos, e publicado o vídeo instantes depois no Facebook. Antes de publicar o vídeo em que executa o idoso, o suspeito postou um vídeo anterior em que diz a um amigo que havia matado 13 pessoas e que queria chegar a 14 vítimas.
Autoridades confirmaram a autenticidade dos dois vídeos e disseram que Stephens está armado e é extremamente perigoso. No vídeo publicado antes da execução do idoso, ele disse que o domingo de Páscoa seria um dia de "matar" pessoas e que escolheria suas vítimas de maneira aleatória até completar 15.
A polícia informou que não há registro de outras vítimas, além do idoso. Stephens mencionou no vídeo que a namorada havia terminado um relacionamento com ele de três anos e que, por isso, estava com muita raiva.
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A ex-namorada foi entrevistada por algumas redes de televisão e disse que Stephens tem "distúrbios psicológicos".
O Facebook retirou o vídeo do ar três horas depois, mas o conteúdo já havia sido compartilhado por outros sites. Segundo a imprensa norte-americana, é o conteúdo mais visto em cinco estados do país.
A mãe do suspeito disse à rede CNN que o viu pela última vez no sábado (15), mas que no domingo ele telefonou e disse a ela estava "atirando nas pessoas porque tinha com raiva da namorada".
A polícia rastreou o celular de Stephens e, depois de Cleveland, o aparelho foi detectado na Pensilvânia, a 160 quilômetros de distância do local em que ele atirou no idoso.
No ano passado, três homens foram baleados na Virgínia e o crime foi transmitido ao vivo no Facebook. Em 2015, uma repórter e um cinegrafista foram assassinados durante uma entrada ao vivo e as imagens foram compartilhadas pelo próprio autor dos disparos também na rede social.
Posição do Facebook
Em comunicado, o Facebook disse que o crime em Cleveland foi terrível e que a empresa não permite esse tipo de conteúdo.
Houve muita repercussão em torno do vídeo divulgado, e as discussões tiveram como foco o conteúdo do que se transmite pelas redes sociais.
O Facebook, por exemplo, tem setor que cuida da verificação de conteúdos, mas depende de denúncias dos próprios internautas para controlar a qualidade do que é transmitido.