Pelo menos 65 pessoas morreram em um choque de trens na manhã desta sexta-feira no leste da Índia, no que pode ter sido consequência de um ato de sabotagem provocado pela guerrilha maoísta que opera na região.
Segundo um funcionário da empresa ferroviária, um trem de passageiros descarrilou no distrito de West Midnapore, no Estado de West Bengal, após passar por um trecho quebrado dos trilhos, e entrou no caminho de um trem de carga que vinha em sentido contrário.
O trem de passageiros viajava da cidade de Calcutá para Mumbai. Mais de 200 passageiros ficaram feridos, e acredita-se que o número de mortos ainda poderá aumentar.
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Suspeitas
As autoridades locais disseram que ainda é cedo para confirmar se o acidente foi provocado ou não por uma sabotagem. Mas as suspeitas recaíram sobre a guerrilha maoísta, que havia anunciado uma "semana negra" entre sexta-feira e a próxima quarta-feira em cinco Estados, incluindo West Bengal.
Segundo relatos da mídia local, muitos passageiros poderiam ainda estar presos em alguns vagões cujo acesso pelas equipes de resgate eram dificultados pela falta de material, como serras elétricas.
Imagens da TV mostravam vagões contorcidos, corpos sendo retirados do local e helicópteros da Força Aérea pousando perto dos trilhos para transportar os feridos para hospitais.
Ataques
Os rebeldes maoístas da região vêm intensificando seus ataques nos últimos meses, em resposta a uma ofensiva do governo para expulsá-los de suas bases nas selvas. Eles já realizaram ataques a bases da polícia, a prédios do governo e a estações de trem.
No início do mês, um ataque da guerrilha explodiu um ônibus no Estado de Chhattisgarh, provocando a morte de 35 pessoas.
O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, descreveu as ações da guerrilha como a maior ameaça interna de segurança do país.