A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, passou mal no final da tarde da terça-feira, 25, e foi levada da Casa Rosada para a residência oficial de Olivos. A presidente tornou-se mais uma entre as milhares de pessoas em Buenos Aires abatidas pelas elevadas temperaturas, que chegam a superar 40º C.
"Devido às altas temperaturas, as quais são de público, notório e indubitável conhecimento - a senhora presidenta (com ''a'' mesmo, por exigência de Cristina) da Nação, doutora Cristina Fernández de Kirchner, sofreu um quadro de golpe de calor leve estando em seu gabinete da Casa Rosada, motivo pelo qual decidiu suspender sua atividade normal, retirando-se para Olivos. Posteriormente, e seguindo a indicação médica, superou o quadro completamente", detalhou o boletim médico, em uma atitude pouco usual do Executivo.
Durante os episódios de doenças do ex-presidente Kirchner, que morreu em outubro vítima de complicações cardíacas, o governo nunca emitiu uma nota oficial sobre o estado de saúde dele.
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Segundo informações da Casa Rosada, Cristina passou mal após uma reunião com o ministro de Economia, Amado Boudou, e o secretário de Fazenda, Juan Carlos Pezoa. Fontes extraoficiais disseram que a presidente foi repreendida pelos médicos por manter sua rotina diária de ginástica, apesar da temperatura sufocante e dos conselhos profissionais para que a população se abstenha de esforços físicos nos dias de calor intenso. Cristina teria se desidratado com os exercícios.
A presidente argentina já sofreu episódios similares anteriores, que chegaram a suscitar rumores sobre o estado de saúde dela. Em janeiro de 2009, Cristina teve uma "lipotimia" (pré-desmaio), também provocada pelo calor. A presidente passou cinco dias descansando. Entre as versões veiculadas pela imprensa local, uma especulava que Cristina estaria sofrendo de problemas alimentares e depressão.
No dia 25 de outubro do ano passado, dois dias antes da morte do marido, Cristina teve uma crise de angina que a levou a recolher-se na casa de El Calafate, onde Néstor Kirchner teve o ataque cardíaco e morreu. Antes disso, em abril, ela sofreu outro quadro de angina e em agosto teve uma forte inflamação na laringe e faringe.