O presidente da Geórgia, Eduard Chevardnadze, decretou neste sábado estado de emergência em seu país avisando que irá punir os responsáveis pela invasão ao parlamento no dia anterior, que o obrigou a abandonar o edifício, onde faria um discurso. "Tratou-se (a invasão) de uma tentativa de golpe de estado e uma tentativa de substituir o presidente", disse Chevardnadze.
De acordo com o presidente, os invasores estavam armados. "Se eu tivesse ficado ali mais dois minutos, teria havido uma tentativa de assassinato contra mim", concluiu Chevardnadze.
A oposição a Chevardnadze, representada pelo Movimento Nacional, apoderou-se do parlamento da Geórgia alegando que o resultado das eleições parlamentares do início do mês, realizadas no país, foram fraudadas. Os manifestantes exigiam a renúncia do presidente. Shevardnadze disse que o país pode estar às portas de uma guerra civil.
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Mikhail Saakashvili, a mais visível figura da oposição, anunciou o presidente do Parlamento anterior, Nino Burdjanadze, como presidente interino. Observadores internacionais, governos ocidentais e empresas de petróleo assistem à crise política com apreensão. Eles esperam que o retorno da estabilidade permita a construção de um oleoduto que vai ligar o Azerbaijão ao Mediterrâneo, atravessando a Geórgia.
Schevardnaze, de 75 anos, tem pedido ajuda de vizinhos na região do Cáucaso e da Rússia para enfrentar os protestos.