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Crise no leste europeu

Presidente da Ucrânia pede ajuda militar aos Estados Unidos

Agência Brasil
18 set 2014 às 22:19

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O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu hoje (18), em discurso no Congresso dos Estados Unidos, um estatuto especial de defesa e segurança que lhe permita reforçar as suas Forças Armadas para reagir e eventuais intervenções russas. Segundo Poroshenko, a situação de conflito entre as Forças Armadas de seu país e separatistas pró-Rússia faz com que a "democracia ucraniana" necessite se apoiar em um Exército forte.

"Nessa perspetiva, encorajo vivamente os Estados Unidos a darem à Ucrânia um estatuto especial, um estatuto de parceiro não aliado", disse o presidente ucraniano. De acordo com Poroshenko, as forças ucranianas que combatem os separatistas pró-russos precisam de apoio político de outros países e de equipamentos militares.

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Embora estejam em curso negociações de paz entre as duas partes, Poroshenko afirmou que a Rússia é uma ameaça à segurança mundial e pediu para os Estados Unidos não deixarem a Ucrânia sozinha. Para ele, a anexação da Península da Crimeia pela Rússia, em março, foi "um dos mais cínicos atos de traição da história moderna".

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As autoridades ucranianas denunciaram hoje que a Rússia concentrou cerca de 4 mil militares ao longo dos 100 quilômetros de fronteira administrativa entre a Ucrânia e a Crimeia. No início da semana, o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, adiantou que seu país pretendia aumentar o número de tropas na Crimeia. O governo russo se opõe às movimentações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança militar intergovernamental criada em 1949, no sentido de estar cada vez mais presente em países do Leste Europeu que fazem fronteira com a Rússia.

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O presidente russo, Vladimir Putin, que vê na Otan uma ameaça, acusou os países ocidentais de provocar a crise na Ucrânia para "ressuscitar" a Aliança Atlântica. Este mês, a Otan anunciou o aumento de sua presença no Leste Europeu e os Estados Unidos estão realizando, desde o início da semana, exercícios militares na Ucrânia, junto com mais 14 países.


No dia 5 deste mês, o governo ucraniano e os separatistas pró-russos acordaram um cessar-fogo dentro de um plano de paz para terminar com o conflito armado, que já completou cinco meses. Entre os 12 pontos que compõem o plano, além do cessar-fogo, está a troca de prisioneiros, a criação de corredores humanitários e a concessão de um estatuto especial às zonas controladas pelos rebeldes no Leste da Ucrânia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia, país anfitrião da reunião do dia 5, anunciou nesta quinta-feira, que a próxima rodada de negociações de paz se será amanhã (19), em Minsk, capital do país. Além das partes em conflito, participam da reunião representantes da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Até o momento, apesar de algumas violações pontuais, o cessar-fogo tem sido considerado globalmente respeitado.


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