O presidente do Peru, Ollanta Humala, pode substituir dez integrantes de seu gabinete após a renúncia de seu primeiro-ministro, Salomon Lerner, que ocupava o cargo desde 28 de julho.
Lerner renunciou no sábado afirmando que queria abrir o caminho para que Humala reformulasse seu gabinete, que tem 19 membros. Humala nomeou o ministro do Interior Oscar Valdés para a pasta de Lerner.
A medida tem como objetivo, em grande parte, reparar os estragos no gabinete causados pela discussão sobre se o governo deveria apoiar o empreendimento de US$ 4,8 bilhões de uma mina de cobre e outro no norte do país, conhecido como Minas Conga.
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O jornal La Republica disse neste domingo que Humala vai nomear novos ministros para dirigir o Ministério de Minas e Energia e o do Meio Ambiente. As duas pastas estavam em desacordo sobre o apoio ao projeto das Minas Conga.
Valdés declarou no sábado que o ministro de Finanças, Luis Miguel Castilla, vai permanecer em seu cargo e que o governo vai manter a promoção de políticas econômicas pró-mercado.
O governo de Humala tem sido alvo de uma série de escândalos políticos e protestos desde que assumiu o poder. Assim como o atual presidente, Valdés é um ex-oficial militar.
"Estou profundamente preocupado com a militarização de um governo que foi democraticamente eleito", disse o ex-presidente Alejandro Toledo em entrevista publicada pelo influente jornal El Comercio neste domingo. As informações são da Dow Jones.