O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, 65 anos, confirmou nesta sexta-feira (28) sua intenção de renunciar ao cargo por motivos de saúde.
No poder desde dezembro de 2012, o premiê conservador sofre de colite ulcerosa, doença crônica que causa inflamação no cólon e no reto, e disse que seu atual estado de saúde o impede de se "concentrar nas questões mais importantes do governo".
"Agora que não sou capaz de cumprir o mandato do povo, eu decidi que não devo mais ocupar a posição de primeiro-ministro", declarou Abe, em pronunciamento transmitido ao vivo pelas emissoras japonesas.
Leia mais:
Organização Pan-Americana de Saúde afirma que há mais de 9.000 casos de oropouche nas Américas
Itália concede visto de trabalho a nômades digitais; veja regras e como funciona
Verão de 2024 no hemisfério norte é o mais quente já registrado, diz Copernicus
Mulheres do Brasil fazem a melhor campanha na história das Paralimpíadas
O líder do Partido Liberal-Democrata é o premiê mais longevo na história do Japão e vinha tendo seu futuro envolvido em especulações nas últimas semanas após duas visitas misteriosas a um hospital. Ele também governou entre setembro de 2006 e setembro de 2007.
"Gostaria de me desculpar sinceramente com o povo de Japão por deixar meu cargo um ano antes do fim do meu mandato e em meio ao problema do coronavírus", acrescentou Abe. Ele deve permanecer no poder até seu partido eleger um novo líder e submetê-lo ao Parlamento como primeiro-ministro.
Entre seus potenciais sucessores estão o ministro das Finanças e ex-premiê, Taro Aso, o ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba, o chefe de gabinete do governo, Yoshihide Suga e o ex-ministro das Relações Exteriores Fumio Kishida.
Este último seria o favorito de Abe, segundo a imprensa japonesa, enquanto Aso comanda a principal ala dentro do Partido Liberal-Democrata.