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Procurador peruano pede prisão de autoridade regional por caso Odebrecht

Agência Brasil
06 abr 2017 às 21:05

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O procurador Anticorrupção do Peru, Hamilton Castro, pediu 18 meses de prisão preventiva para o presidente do governo regional (equivalente a governador) da província de Callao, Félix Moreno, investigado por supostamente ter recebido suborno de US$ 4 milhões da construtora brasileira Odebrecht, informou nesta quinta-feira (6) o Poder Judiciário peruano. As informações são da agência de notícias espanhola EFE.

O pedido de prisão preventiva foi recebido hoje, e a data da audiência "será anunciada oportunamente", indicou o Poder Judiciário em sua conta no Twitter. O procurador Castro dirigiu uma revista nas casas de Moreno, domingo e segunda-feira, e formalizou o pedido de prisão após obter o depoimento do empresário israelense Gil Shavit, suspeito de atuar como receptor do dinheiro.

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Moreno e Shavit foram denunciados por tráfico de influência e lavagem de ativos. De acordo com a investigação, Moreno obtevepropina de US$ 4 milhões da Odebrecht em 2014 para favorecê-la na licitação para construção de trecho do Litoral Verde em Callao, uma província vizinha à capital, Lima, e os depósitos foram feitos em contas de empresas de Shavit em paraísos fiscais.

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O jornal peruano El Comercio informou hoje que Shavit, detido domingo (2) ,no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, será investigado, e está impedido de sair do país. Ele teria admitido o pagamento do suborno para Moreno e que atuou como nexo entre a autoridade regional e a Odebrecht, indicaram fontes da Procuradoria ao jornal.


Além disso, a Odebrecht entregou ao procurador Castro uma documentação na qual figura a transferência de US$ 350 mil e US$ 410 mil a uma offshore (empresa baseada em paraísos fiscais) da companhia Fincastle Enterprises e desta à empresa Cardift Internacional, nas Bahamas, vinculada a Shavit.


No expediente contra Moreno, figura ainda o colaborador identificado como 003-2016, que confirmou que em 2013 recebeu o projeto do Litoral Verde. Esse colaborador dissee que, ao advertir que as bases eram inviáveis, Moreno se comprometeu a fazer mudanças posteriormente.

O colaborador seria, segundo a revista Caretas, o diretor-superintendente da Odebrecht no Peru, Ricardo Boleira, que sucedeu Jorge Barata em 2013 nas operações da companhia no país. Dos US$ 4 milhões estipulados com Moreno, só foram pagos US$ 2,76 milhões: US$ 2 milhões para ele e US$ 760 mil para Shavit, segundo indicou a Caretas.


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